segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Ficção e realidade - Parte 02

Michael Bruce Sterling (1954)

Sterling é um escritor de ficção científica, mais conhecido por seus romances e sua obra seminal na antologia Mirrorshades, a qual definiu o gênero cyberpunk. Leciona cursos sobre media e design e é considerado o "visionário residente" do Art Center College of Design na Califórnia.
Em seu livro Pirata de Dados (1985) o cenário é o futuro próximo. O acesso à informação é a moeda mais valorizada e potentes drogas são comuns no cotidiano. O grande desafio é o Terceiro Mundo, que está de posse de versões pirateadas da tecnologia de ponta dos países desenvolvidos e disposto a não jogar pelas regras das grandes corporações, que detêm o poder no mundo por meio do controle informático e econômico.
A tecnologia é explorada com muita emoção na história, onde são descritos pontos básicos da doutrina cyberpunk, como grandes corporações multinacionais exercendo o controle da Terra e a informática dominando tudo.
O conceito cyberpunk associa-se a uma realidade computadorizada em que pessoas e informações se misturam. O livro também apresenta um trabalho sério sobre o impacto social do advento das inteligências artificiais e dos experimentos tecnológicos aplicados não somente ao dia-a-dia dos seres humanos como também dentro deles, em seus cérebros ou nas reentrâncias de sua pele; são a invasão da mente com computadores cerebrais interfaciais, inteligência artificial e neuroquímica; e a invasão do corpo, com membros protéticos, circuitos implantados, cirurgia cosmética e alteração genética e onde redes de computadores e o cérebro das pessoas estarão interligados, conectados diretamente ao computador.
Daqui a poucos anos, teremos a impressão de um déjà vu, de que já vimos isto antes.
Uma boa leitura para jovens alunos tecnófilos.

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