quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Projetos Desafios Contemporâneos - FUNARTE


Curso e Oficina de Artes Visuais
“Como vejo, ocupo e percebo o meu bairro”


As oficinas fazem parte do Projeto Desafios Contemporâneos da FUNARTE e têm o intuito de promover um intercâmbio entre os saberes do campo das artes visuais e ampliar a temática da arte contemporânea para diversas localidades do país com a participação de profissionais/artistas atuantes.
O eixo central da proposta é a apresentação-representação de um espaço qualquer por quem realmente o conhece a partir de estímulos de percepção cultural, urbana e artística, posteriormente representadas por tecnologias digitais. Interessa a relação espaço-pessoa e a sua forma particular de representa-la. A partir deste exercício relacional com referências identitárias, memórias comuns, afetividades, laços sociais, vida cotidiana e vivência do espaço, espera-se a manifestação da percepção do usuário ou morador sobre seu espaço de forma a enriquecer toda informação formal já disponível sobre ele.
Nesta etapa do projeto o espaço a ser apresentado será o entorno das Escolas Municipais Anne Frank e Alice Nacif, nos bairros Confisco e Urca, regional Pampulha. Os estudantes destas escolas farão a apresentação deste espaço e posteriormente sua representação. A ideia consiste propor exercícios sensoriais estimulando uma percepção estética para tal espaço urbano promovendo por meio de ferramentas digitais, ações de caráter artístico e simbólico com vistas a uma apropriação positiva neste espaço da comunidade. Busca-se saber como os estudantes do PEI percebem o espaço urbano que ocupam, como o identificam e como o relacionam com o mundo.
 Os estudantes, alunos, agentes culturais, professores e jovens aprendizes de informática, através de dinâmicas de sensibilização e exercícios de percepção trabalharão em classificações baseadas em folksonomia (ver postagem adiante) e registros em mídias digitais, representando o espaço de forma diferenciada onde a valoração e o sensorial aparecem como referenciais adicionais possíveis. Intervenções artísticas locais e virtuais, mapeamentos e registros serão feitos. Os resultados serão compartilhados pelas redes de relacionamentos na web
Para os roteiros de percepção sensorial identificaremos os espaços de onde vem o vento, onde o vento vem mais forte, de onde vem e para onde vai a água da chuva, quais e de onde vem os cheiros que sentimos ao andar pelo bairro, que cores predominam nas casas, onde se experimenta sabores e gostos diferentes, onde e quem produz o próprio alimento, que texturas diferentes podem ser percebidas nas casas, na rua, nas construções e nos objetos urbanos.
Para os roteiros de percepção do uso e apropriação dos espaços dos bairros identificaremos quais e onde estão as atividades de arte e cultura para os estudantes, quais as atividades esportivas, como é tratado o lixo no bairro, quais as atividades de lazer, quais ruas tem mais criança, em quais lugares é possível perceber o cuidado dos moradores pelo meio ambiente, quais as atividades de trabalho, o que e onde as pessoas passam a maior parte do seu tempo nos dias de folga, quais as pessoas conhecidas por todos no bairro, onde as pessoas mais se encontram durante o dia e durante a noite.

A coordenação será de Maria Luiza Viana, representante da FUNARTE, professora do curso de Design da UFMG, mestre em Arte e Tecnologia da Imagem pela Escola de Belas Artes – UFMG e Leonardo Oliveira Gomes, designer de Informação, mestrando em Arquitetura - UFMG, bacharel em Sistemas de Informação e professor do curso de pós-graduação Sistemas Tecnológicos e Sustentabilidade Aplicados ao Ambiente Construído da Escola de Arquitetura – UFMG.


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