Curso e Oficina de Artes Visuais
“Como
vejo, ocupo e percebo o meu bairro”
As oficinas
fazem parte do Projeto Desafios Contemporâneos da FUNARTE e têm o intuito de
promover um intercâmbio entre os saberes do campo das artes visuais e ampliar a
temática da arte contemporânea para diversas localidades do país com a
participação de profissionais/artistas atuantes.
O eixo
central da proposta é a apresentação-representação de um espaço qualquer por
quem realmente o conhece a partir de estímulos de percepção cultural, urbana e
artística, posteriormente representadas por tecnologias digitais. Interessa a
relação espaço-pessoa e a sua forma particular de representa-la. A partir deste
exercício relacional com referências identitárias, memórias comuns,
afetividades, laços sociais, vida cotidiana e vivência do espaço, espera-se a
manifestação da percepção do usuário ou morador sobre seu espaço de forma a
enriquecer toda informação formal já disponível sobre ele.
Nesta etapa
do projeto o espaço a ser apresentado será o entorno das Escolas Municipais
Anne Frank e Alice Nacif, nos bairros Confisco e Urca, regional Pampulha. Os
estudantes destas escolas farão a apresentação deste espaço e posteriormente
sua representação. A ideia consiste propor exercícios sensoriais estimulando
uma percepção estética para tal espaço urbano promovendo por meio de
ferramentas digitais, ações de caráter artístico e simbólico com vistas a uma
apropriação positiva neste espaço da comunidade. Busca-se saber como os estudantes do PEI percebem o espaço
urbano que ocupam, como o identificam e como o relacionam com o mundo.
Os
estudantes, alunos, agentes culturais, professores e jovens aprendizes de
informática, através de dinâmicas de sensibilização e exercícios de percepção
trabalharão em classificações baseadas em folksonomia (ver postagem adiante) e
registros em mídias digitais, representando o espaço de forma diferenciada onde
a valoração e o sensorial
aparecem como referenciais adicionais possíveis. Intervenções artísticas locais
e virtuais, mapeamentos e registros serão feitos. Os resultados serão
compartilhados pelas redes de relacionamentos na web
Para os
roteiros de percepção sensorial identificaremos os espaços de onde vem o vento,
onde o vento vem mais forte, de onde vem e para onde vai a água da chuva, quais
e de onde vem os cheiros que sentimos ao andar pelo bairro, que cores
predominam nas casas, onde se experimenta sabores e gostos diferentes, onde e
quem produz o próprio alimento, que texturas diferentes podem ser percebidas nas
casas, na rua, nas construções e nos objetos urbanos.
Para os
roteiros de percepção do uso e apropriação dos espaços dos bairros identificaremos
quais e onde estão as atividades de arte e cultura para os estudantes, quais as
atividades esportivas, como é tratado o lixo no bairro, quais as atividades de lazer,
quais ruas tem mais criança, em quais lugares é possível perceber o cuidado dos
moradores pelo meio ambiente, quais as atividades de trabalho, o que e onde as
pessoas passam a maior parte do seu tempo nos dias de folga, quais as pessoas conhecidas por todos no
bairro, onde as pessoas mais se encontram durante o dia e durante a noite.
A coordenação será de
Maria Luiza Viana, representante da FUNARTE, professora do curso de Design
da UFMG, mestre em Arte e Tecnologia da
Imagem pela Escola de Belas Artes – UFMG e Leonardo Oliveira Gomes, designer de Informação, mestrando em Arquitetura - UFMG,
bacharel em Sistemas de Informação e professor do curso de pós-graduação
Sistemas Tecnológicos e Sustentabilidade Aplicados ao Ambiente Construído da
Escola de Arquitetura – UFMG.
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